A província do Namibe foi contemplada como o pontapé de saída do périplo do balanço e incremento do FIFA FORWARDS 3.0, em constante aprofundamento desde o lançamento mundial e, nomeadamente, em Angola.
O “FIFA Forward” é o Programa de Desenvolvimento de Futebol da FIFA com o objectivo de melhorar a maneira como a FIFA desenvolve e apoia o futebol em todo o mundo, para que o futebol alcance o seu potencial em todos os países e para que todos que queiram participar possam fazê-lo sem barreiras.
O FIFA Forward foi criado para fornecer suporte personalizado e de 360 graus para o desenvolvimento do futebol em cada uma das federações-membro e nas seis confederações da FIFA.
Na apresentação feita pela FAF à APF do Namibe, no final da manhã (27.05), em Moçâmedes, estiveram, entre outros, o Vice-Presidente da FAF para a Administração e Finanças, Paulo Ferreira Neto, e o Presidente da APF do Namibe, Pascoal Sipata. Para ele, «Enquanto estamos a trabalhar na formação do ser humano também podemos apetrechar as infra-estruturas.»
Por sua vez, para o Vice-Presidente da FAF, Paulo Neto, «A visita visa apresentar dois projectos estruturantes a nível do futebol em Angola na componente de desenvolvimento e que depois tem dois eixos de ramificação, nomeadamente a melhoria da gestão das competições a nível da província, bem como nas selecções nacionais, formação e selecção nacional feminina.
«Esta fase visa trazer aos clubes aquilo que são os projectos em carteira para o benefício dos mesmos, com melhoria dos clubes e das próprias APFs. No início do Programa FIFA FORWARD estivemos focados nas APFs porque no nosso entender não haverá como desenvolver o Futebol se não potenciarmos as APFs, se elas não tiverem capacidade de fiscalização, de gizar e implementar projectos, de prestar auxílio aos clubes que são a base do futebol e o elo mais importante daquilo que é cadeia de desenvolvimento do Futebol.
«Após essa fase que é o empoderamento das APFs em temos quatro eixos: o eixo mobilidade que é atribuição dos meios rolantes que estão a ser atribuídos às APFs; o eixo sedes sociais porque infelizmente há APFs sem sede social; o eixo condições com a estruturação das sedes sociais porque há aquelas que embora tenham sede social, não a têm de todo operante ou com condições condignas de trabalho; e o eixo capacitação, que é formação, formação e formação.
«Agora estamos na fase de voltar aos Clubes. Esta acção é de carácter nacional visando a estruturação desses dois projectos [a melhoria da gestão das competições a nível da província; bem como melhoria nas selecções nacionais, formação e selecção nacional feminina]; são projectos financiados – a cem por cento – pela FIFA, no âmbito do seu programa de apoio financeiro às 211 federações em todo o mundo, que compõem a FIFA.
«Não basta escrever e pedir dinheiro, temos que fundamentar, estruturar os projectos, e temos que comprovar à FIFA que esses projectos e custos, a serem alocados às federações, se destinará ao propósito vinculado ao projecto. Por isso, estamos aqui e a fazer o registo de imagens que irão dar sustentação à apresentação do projecto na fase de solicitação dos fundos a alocar. E será um exercício que vamos fazer nas dezoito províncias do País», frisou o Vice-Presidente da FAF para a Administração e Finanças, Paulo Ferreira Neto.
«Os Clubes terão a faculdade de aderir ao projecto, ou não, por via de um termo de adesão que será distribuído. Na verdade, o sistema que pretendemos é simdos clubes ples, mas terá um impacto tremendo naquilo que é o desenvolvimento, visando acudir ou mitigar os custos financeiros que os clubes têm todas as épocas com a aquisição de material e equipamento desportivos, assim como, com os pagamentos de prémios de arbitragem.
«A ideia é a FAF subvencionar e, em alguns casos, assumir, a cem por cento, esses custos, porque estamos cientes de que isso varia em função da estruturação, a nível de clubes, de província para província – umas que têm mais clubes e outras que têm menos – e o espírito do projecto é esse: mitigar os custos financeiros que os clubes têm; e assim, os parcos recursos que os presidentes possam angariar, serem disponibilizados para as outras frentes.
«Estamos cientes dos esforços que fazem para poder ter os clubes a competir; a manutenção dos clubes e das equipas é cem por cento do esforço, dedicação e amor que empregam, então, com estes dois projectos, a FAF pretende minimizar ou apoiar directamente esse vosso esforço», declarou Paulo Neto, que acumula com a vice-presidência da FAF, a função de coordenador da implementação dos projectos da FIFA.
De Moçâmedes, a delegação da FAF, que integra também o Presidente do Conselho Jurisdicional da FAF, Dr. Policarpo Baptista, rumou para o Lubango e uma actividade idêntica, com a APF da Huíla e os Clubes locais.
Seguir-se-ão na rota da referida delegação e missão, as APFs e Clubes respectivamente de Benguela, Bié, Huambo e Cuando-Cubango.